sábado, 22 de novembro de 2014

. desafio dos 30 dias. #22

#22. Algo de que eu sinta falta.

Confesso que sou bastante saudosista, portanto são várias as coisas de que sinto falta. Ainda assim, considero ter um bom presente, que me faz olhar para o passado com um sorriso nos lábios. Tenho um grande baú a abarrotar de memórias e isso deixa-me, de facto, orgulhosa daquilo que fui fazendo, daquilo que fui conseguindo, daquilo que fui vivendo. 

Acho inevitável não se sentir falta daquele tempo em que as responsabilidades se resumiam a estudar e tirar boas notas. Em que havia sempre disponibilidade e companhia para brincadeiras. Em que tudo era tão simples e a maior dor de cabeça eram os testes/exames.

Sinto falta daquele tempo em que achamos que os amigos são para a vida, porque é com eles que dividimos segredos inconfessáveis e que eles tão bem guardam.

Daquele tempo em que havia a minha mãe para me acordar e preparar o pequeno-almoço. Havia o meu pai para me ir levar à escola

Daquele tempo em que as horas vagas eram passadas a deambular pelos corredores da biblioteca municipal e a chatear a bibliotecária.

Daquele tempo em que o fim-de-semana nem sempre sabia bem por ser sinónimo de afastamento dos amigos.

Daquele tempo em que as saídas à noite começaram a ser conquistadas e entrava em casa com pezinhos de lã.

Daquele tempo em que pousava a cabeça no ombro do meu pai, enquanto via televisão, e acabava por adormecer.

Daquele tempo em que, pela mão da minha mãe, as horas passavam a voar.

Daquele tempo em que era pequenina e me escondia do mundo debaixo da cama. Daquele tempo em que era adolescente e achava que ia mudar o mundo.

Mas, sinceramente, penso que isso é tão, mas tão saudável. Porque eu sei que tive uma infância extremamente feliz. Porque eu sei que tive uma adolescência totalmente plena. E é por isso que hoje, adulta, olho para trás e sorrio, com o coração apertadinho de nostalgia

.'(...) and even though you want to, just try to never grow up'.

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