quarta-feira, 19 de novembro de 2014

. desafio dos 30 dias. #19

#19. Alguém que me tenha partido o coração.

Poderia falar de corações partidos por relações amorosas. Ninguém escapa a, pelo menos, uma vez ter passado por isso. Mais cedo ou mais tarde, deve ser daquelas coisas inevitáveis que estão destinadas a acontecer. E, normalmente, é quando menos se espera. De quem menos se espera. Ou então não. E é só naquele tempo em que os amores parecem eternos, futuro está à distância do amanhã e quando nos confrontamos que a eternidade afinal não era bem assim, parece que o mundo vai acabar. Quero com isto dizer que acontecem, claramente, na adolescência.

Para mim, pior que corações partidos por esse tipo de amor, sem dúvida que são os corações partidos pelo outro tipo de amor. Aquele que somos nós que escolhemos. Aquele a quem vamos dando um bocadinho de nós, ao mesmo tempo que recebemos outro tanto de alguém. Aquele que é suposto ser o mais sincero possível, o mais inabalável e o mais resistente a tudo e a todos. Esse mesmo, o amor que é totalmente indissociável da amizade

Infelizmente, já tive o meu coração partido. E partido por pessoas que, supostamente, me seriam demasiado próximas, que me conheciam e que gostariam de mim. Aqueles a quem chamei amigos. Houve alturas em que foram umas pequenas brechas que se foram abrindo e que, com o tempo, acabaram por cicatrizar. Houve outras em que as fendas foram profundas e aqueles que as criaram acabaram por cair no abismo das mesmas. Houve outras em que aquela parte em que aqueles habitavam, simplesmente, morreu. 

O que acho mais curioso nestas minhas estórias, é a capacidade do ser humano não ter capacidade de auto crítica. De se julgar dono da razão e nem tão pouco procurar o diálogo, quando esse era o maior aliado da dita amizade. Há pessoas egoístas e, infelizmente, muitas vezes só nos apercebemos disso quando era suposto elas estarem  e não estão. Como eu tantas vezes estive por eles. 

Uma coisa é certa, apesar de o coração se ter partido, agora está bem recuperado. Só faz falta quem cá está. E consciência tranquila é aquilo que ninguém me tira.

Como li um dia não sei onde, uma amizade que termina é porque nunca chegou verdadeiramente a começar. Se calhar é mesmo isso. 

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