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.imagens recolhidas aleatoriamente através da pesquisa no Google,
utilizando os termos scrapbook e journaling. |
Scrapbook é um
anglicismo cada vez mais comum nos dias que correm. Numa tradução mais literal,
refere-se a um livro de fragmentos,
um livro de recortes. Porém,
actualmente, o termo é, também, utilizado para definir a técnica de personalização de
álbuns de fotografias ou de cadernos de notas (eventualmente temáticos),
através de desenho, escrita e/ou colagens, nomeadamente para a composição e criação
de um suporte físico de memórias.
Estima-se que o scrapbooking tenha surgido por volta do século XV. Os cadernos não seriam propriamente preenchidos por fotografias mas sim, na sua grande maioria, utilizados como local para guardar receitas, cartas, citações lidas, ilustrações, desenhos e outras recordações.
Scrapbookers conhecidos
Thomas Jefferson: criou uma série de scrapbooks sobre o seu período na presidência dos EUA (1801-1809).
John Poole: publicou o livro Manuscript Gleanings and Literary Scrap Book, em 1826, repleto de poemas, ilustrações e dicas para cada um dos leitores personalizar o seu scrapbook.
Mark Twain: foi um grande utilizador de scrapbooks, fazendo-se acompanhar pelos mesmos para todo o lado e preenchendo-os com souvenirs, imagens e artigos sobre os seus livros e afins. Estima-se que, a dada altura, se terá cansado de todo o processo de corta e cola, altura em que decidiu tornar as páginas autocolantes. Em 1872 patenteou a sua ideia, o seu self pasting scrapbook.
William Granger: em 1999, o escritor terá publicado a história de Inglaterra, recorrendo a desenhos e textos, bem como deixando algumas páginas em branco para o leitor criar os seus próprios comentários, anotações e ilustrações.
Desde então, e como acontece
nas mais variadas áreas, também as técnicas de scrapbooking têm evoluído. Além dos típicos recortes de jornais e
fotografias, hoje há uma vasta oeferta de material acessório, como furadores,
moldes e papéis especiais, tornando esta técnica numa arte.
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.imagem recolhida aleatoriamente
através de pesquisa no Google pelo termo
journaling.
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Paralelamente ao scrapbooking, surge o Journaling.
Trata-se de mais um anglicismo recorrente, referindo-se à escrita descritiva de pensamentos, emoções, memórias, instantes, etc. Procura-se detalhar os pormenores, por exemplo, de fotografias: as pessoas presentes, o local onde foi tirada, o que se estava a sentir naquela altura, qual o cheiro ambiente, quais os sons à volta.
Além das próprias palavras, é frequente se recorrer a citações de músicas, livros e/ou autores, poesia, palavras soltas, dissertações, criação de listas, respostas a desafios e afins, os chamados prompts. No fundo, tudo aquilo que permita a um terceiro conhecer um pouco melhor o autor do scrapbook.
Assim, este espaço pretende ser uma espécie de scrapbook virtual, com todas as condicionantes que tal implica. Aliando a imaginação à pesquisa na Internet, pretendo criar páginas que vão de encontro ao até aqui explicitado. A excepção será, provavelmente, o desenho. É uma arte que aprecio mas que sou totalmente incapaz de colocar em prática. Além disso, sinto-me capaz de me aventurar em todas as outras referências.
Vamos ver como corre!
(o texto foi escrito mediante pesquisa no Google relativamente a scrapbooking e journaling.)